30.7.08

HAHAHAHAHAHA... não entendi!

- Conhece a piada do galo caipira?
- Não.
- PIR!
- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA... não entendi! Me explica?
- Como assim não entendeu? PIR, piada. A piada do galo caipira é o PIR.
- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA... aaaaaaaah! Agora eu entendi... (num entendi nada, saco!)

14.7.08

achado?

superultramegalegal!

10.7.08

pseudo-intelectual

Lembra-se daqueles seus colegas que na escola, mesmo tendo a sua idade, já tinham opinião formada sobre política, religião, sexualidade e outras coisas?

Pois é, 2% desses tipos tornaram-se verdadeiros intelectuais, pessoas cultas e de quem dá gosto ouvir uma opinião, mas os outros 98% são os tais pseudo-intelectuais.

Pseudo-intelectuais? O que é isso?

Muito fácil! Um pseudo-intelectual é aquele tipo que só vê o canal de notícias porque o resto da programação lhe mete nojo... nunca vê um programa tipo BigBrother ou novela das oito e seria incapaz de ver pois considera uma perda de tempo, mas tem opinião formada sobre todos os que participam nesses programas.

Um pseudo-intelectual não considera Machado de Assis um escritor e nem gasta tempo lendo livros dele.

Um pseudo-intelectual adora poesia e vai às lágrimas com o sentimento profundo... mas se lhe perguntamos de que se trata, diz que é inexplicável...

Um pseudo-intelectual usa palavras caras em contextos fúteis.

Aff! Que gentinha mais chata!

Nós também lemos livros que não entendemos nada. Vemos vários canais de televisão e rimos com coisas que todos riem. Não é?.

um lago

Vê esse lugar?
Sim?
Pois ali havia um lago.
Ali, onde não há nada, havia um lago enorme.
E ali nadavamos.

Passavamos o verão inteiro lá.
Mas em um doce novembro,
um bando de patos chegou
e lá ficou.
De repente,
o lago congelou,
eles foram embora,
e para nosso azar,
com eles,
o lago se foi.

Mas dizem que
que esse mesmo lago,
sim, o lago, está
em algum lugar na Georgia.

Foi uma história que eu ouvi em um filme
muito bom: Tomates Verdes Fritos.
Assistam, vale a pena!

Indiferença

E essa sua impotência disfarçada em prepotência e maquiada em ironia conferiu-te um status de culto e um ar blasé.

Saia "cagando e andando", mas não peça pra ninguém recolher as merdas no caminho. Só os vira-latas não se importam com rastros.

Impeça o contorno do retorno, desvie na rapidez de um tapa na cara ou então pode morrer na contra-mão. Esse nó não irá te incomodar uma vez só.

Nessa hora não haverá cautela, nem palavras escritas em mais de duas mãos que irão te proteger do que está exposto nas telas que você administra, e da desconfiança em olhares das faces que você manipula com um sorriso de plástico.

Run, baby, Run!


por Milkshakespeare

lalalalalalalalalalalalalalalalalala

meu pedantismo

"PEDANTISMO, adj: Que ou quem se expressa exibindo conhecimentos muitas vezes irreais, ou é vaidoso, pretencioso."

Simplesmente eu sou um romântico apaixonado, não pela vida, não por alguém, mas por tudo que me cerca, eu acho. Basta dizer que não sou como a maioria (pelo menos eu acho isso. Me agrada pensar assim). Nas próximas linhas vocês lerão um.... digamos que seja um desabafo escrito numa madrugada {bem, no meu caso foi as 14:54} qualquer sem nenhum objetivo em especial, apenas saciar uma necessidade.

Bom, há momentos na vida de uma pessoa (não sei se isso só acontece comigo, mas eu estou acabando de passar por esses momentos) em que ela acha que já viveu demais, que já sentiu tudo o que uma pessoa é capaz de sentir, íra, paz, dor, calma, uma tranqüilidade imensa, uma embriaguês de sentimentos novos, no mínimo interessantes que a faz pensar que não há mais nada pra ver, pra conhecer. Passando à isolar-se do mundo, dos amigos, das pessoas que mais ama. E o pior, por mais que você queira se expressar, por tudo isso, você acabou por aprender a esconder tudo o que sente , inclusive o sentimento mais nobre que alguém pode sentir, o amor. Mergulhando num mundo só seu, onde você é o que deseja, seja um deus, um nobre amante ou um simples e miserável mortal, que tornou-se algo vazio, desprezível. Que aparentemente não tem sentimentos. Mas acreditem-me, como eu sinto as coisas. Tenho certeza que tenho minha sensibilidade ao extremo, embora não tenha talento, embora não tenha dom, embora não seja belo, embora eu não me expresse como uma pessoa faz normalmente. Nossa, e como eu me odeio por isso, como eu detesto não ser como gostaria. Ao ponto de já ter pensado em fazer coisas condenadas por todas as pessoas em geral. Hoje talvez não pense mais assim. Embora a idéia seja a mesma, penso em algo menos pior. Eu acho é que sinto as coisas demais, não só o amor, mas também os sentimentos menores. E tudo isto torna-se visível apenas em momentos como este.

No entanto, se você é uma dessas pessoas, já deve ter percebido que não viveu nada, que ainda nem abriu os olhos para a vida. Ou realmente é louco. Eu acho que além de não ter sentido a vida eu ainda sou louco. Não apenas por sentir tudo o que escrevo, não apenas por não conseguir me encaixar neste mundo, mas também por sentir coisas que não há meios de passar pro papel, sendo que qualquer tentativa de faze-lo , torna-se frustrante e o pior, soa falso por não existir palavras capazes de interpretar estes sentimentos.

Sendo assim viverei usando uma máscara que criei pra me esconder e me isolar da vida lá fora. Sim, mais ou menos como um covarde. Sabe, eu não tenho fé nenhuma em nada. E acho que não existe algo pior que viver como eu vivo. E uma coisa eu posso afirmar com certeza, porque assim sou. Pessoas assim se conhecem mais que qualquer outra, sabem exatamente do que são capazes. Só não tem muita objetividade.

E o fato de não temerem quase nada, as tornam tão verdadeiras que as tornam especiais, diferentes. É conflitante o que eu digo??? Estou me contradizendo??? Sim, mas e daí. E na minha opinião, isto também dá cor a um mundo cinza onde todo mundo é de igual futilidade. Pessoas assim, passam pela vida dos outros "normais" tão rápido que acabam por esquece-las rapidamente, mas somente os seus rostos e nomes, porque o seu jeito quase único e diferente, as coisas que dizem em seus momentos de sinceridade as tornam inesquecíveis. Como eu disse, especiais. E mesmo querendo me mudar muito, me orgulho por me conhecer tanto e pensar deste modo.

Pra mim, viver não é o momento entre o nascimento e a morte. Vive-se quando se encontra um motivo, um sentido. E eu estou desnorteado demais para encontrar algum.
Então ficarei aqui, aprendendo os meus limites e reconhecendo os meus defeitos. Amando, tentando, esperando...


Marcelo Kell

desconversa

Duas pessoas que não se conhecem, obrigadas a passar algum tempo juntas (motorista de táxi e passageiro, viajantes sentado lado a lado em avião, onibús ou trem, dois numa fila), sobre o que conversam?

Em 77% dos casos, sobre o tempo.

- Quente, né?
- Acho que vai chover.
- É, tá com cara.

O tempo é um assunto seguro de todas as coisas que duas pessoas têm pressumivelmente em comum (falam a mesma língua, estão ali com um destino ou um objetivo igual ou parecidos, são contemporâneos e são seres humanos) o fato de experimentarem as mesmas condições clímaticas é a mais indiscutível de todas.

- Ontem deu uma refrescadinha.
- É verdade. Pelo fim da tarde.
- Isso.

Nenhum desacordo é possivel, quando se começa conferindo o sentimento da temperatura vigente, sua memória do tempo que fez e seu palpite sobre o tempo que fará. Falar sotre futebol é arriscado. As probabilidades de torcerem pelo mesmo time não são boas. E se torcerem por times diferentes, por mais tentem minimizar está diferença, ela sempre estará lá, como lava incadescente sob a conversa, ameaçando irromper por uma brecha. Política, nem pensar. E não caberia comentarem apenas suas afinidades básicas como espécie. Respirar fundo e dizer:

- Coisa boa, oxigênio, né?
- Nem me fala, Felizmente, ele compõe boa parte da atmosfera terrestre.
- Se não fosse isso...
- Não quero nem pensar.

Ou:

- Não pude deixar de observar que a senhora é uma bípede mamífera de sangue quente, como eu.
- Que coincidência!

Melhor falar sobre o tempo. É assunto mais à mão, e o único com cem por cento de garantia de interessar a todos e fazer parte de um experiência universal.

- Se chover, talvez refresque de novo.
- Geralmente, é assim.

A partir daí, a conversa pode derivar para outros tópicos de interesse geral, como atividade de cada um, ou de universalidade garantida, como comida ou novela das oito.
Existe outro assunto comum a toda a espécie, talvez o assunto prioritário da espécie, que só não inaugura todas as conversas porque também é o seu principal terror. A morte. Falamos do tempo para não falarmos da nossa outra afinidade óbvia, além da expêriencia do mesmo clima: a mortalidade. Imagine como seria.

- Você sabe que nós vamos morrer, não sabe?
- Sei. Todos sabem. É inescapável.
– O jeito é viver como se não soubéssemos. Você concorda?
– Sim. Seria impossível levar uma vida normal se não conseguíssemos conviver com nossa mortalidade, e acomodá-la, como uma hérnia inoperável.
– Temos é que negociar com a morte o tempo todo, como se negocia um armistício. Reconhecendo a sua vitória e o seu domínio, mas exigindo tratamento digno, como é o direito de todo prisioneiro.
– Mas não se pode racionalizar com a morte. A morte está além de qualquer racionalização. Ela não tem nenhum acordo para oferecer, nenhuma saída, nenhum meio-termo. Não tem nem uma explicação para nos dar. A única maneira de tratar a morte é nos seus próprios termos: ignorá-la, e tentar viver como se ela não existisse. Ou matá-la. O que você pensa do suicídio?
–Sei não. É o nosso corpo que nos mata. (Matá-lo primeiro, francamente, me parece uma forma de colaboracionismo).
– Mas negociar com a morte significa reduzir toda a nossa vida a um pedido de clemência, a uma lamúria interminável. Não é só a vida que fica inviável, é a conversa. Pois tudo que não é com ou sobre a morte, é desconversa.
– Por sinal, você acompanha a novela?

Mas há quem diga que toda conversa, no fundo, é sobre sexo, outro assunto universal da espécie. O tempo é apenas um disfarce. Ou um código.

– Quente, né? (Topas?)


Luis Fernando Veríssimo